com uma proposta muito bacana
feita pela minha amiga Lalu Farias :)
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essa menina que é jornalista
já teve algumas participações pra lá de especiais aqui no blog
mas pela primeira vez
vem nos servir uma deliciosa xícara de chá
com uma ideia interessante que podemos acolher
e fazer acontecer
que tal, hein? :)
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beijos
claudinha
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Lalu Farias
"É hora de liberar nossos livros!" Navegando na internet, me deparei com essa frase.
Na verdade, era o título de um post do blog A vida como a vida quer, da minha outra
amiga blogueira, a Sam Shiraishi, que conheci no Twitter graças a um interesse em
comum pela série de TV House. (Opa, mal comecei e já me desviei do assunto.
Melhor voltar...)
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A proposta da Sam - de "liberar" livros tanto no local de trabalho (ela tem uma cesta
de obras lidas no escritório, que podem ser levadas por quem se interessar) quanto
pelas ruas das cidades - me fez pensar. Tenho a teoria de que livro tem que circular,
mas prefiro que o círculo seja completo e que ele volte para as minhas mãos. Por que
não consigo ser tão desprendida quanto a Sam?
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Acho que é porque os livros têm histórias que vão além daquelas escritas em
suas páginas. Como me desfazer das obras da Patricia Cornwell, que cumprem
como ninguém o papel de entreter o leitor e cuja coleção completei depois de anos?
O primeiro livro, na verdade o quinto ou sexto da série, foi comprado por acaso, em
um aeroporto americano, e me surpreendeu. A coleção só ficou completa muito
tempo depois, com a parceria da minha mãe, que também ficou fã da personagem
Kay Scarpetta.
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O que dizer então da coleção da Agatha Cristie, que comecei a ler na casa
da minha avó, ainda menina, a partir das sugestões dela? E "Não há silêncio que
não termine", o livro de memórias da Ingrid Betancourt, cuja compra eu estava
adiando por completa falta de tempo e que acabei ganhando da Sofia, com
o comentário "Achei a sua cara"?...
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Isso sem falar dos livros com dedicatórias ou recomendados por amigos queridos
que também adoram ler, como a Ana Lúcia, a Beatriz, o Nelson, a Dixie e o meu tio Igor?
que também adoram ler, como a Ana Lúcia, a Beatriz, o Nelson, a Dixie e o meu tio Igor?
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Pois é, cada livro tem uma história e ainda não consigo me desfazer deles com
facilidade. Mas, se souber que o círculo vai se completar e eles eventualmente voltarão
pra mim, adoro emprestar - e comentá-los no momento da devolução.
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Mas o que eu faço com a proposta da Sam? Bem, quem sabe amanhã não vou a
uma livraria, compro uma cópia de um livro que gosto e o liberto em algum lugar?
Será que vale?
11 comentários:
Ótima ideia. Mas antes, preciso me libertar do trauma que carrego desde os tempos do ginásio. O da leitura. Não criei o hábito. Detestava ler. Livros cheios de letrinhas e nenhuma figura para reduzir o texto. Dom Casmurro, o Atheneu, Memórias Póstumas de Brás Cubas. So de escutar o nome de Machado de Assis, sentia calafrios como se estivesse visto um fantasma. Tipo aquele garoto do filme "O sexto sentido": - I see dead people!!
Em contrapartida, amava ler a série Para Gostar de Ler. Estes sim, gostava. Até hoje tenho preguiça de ler. Já não sei se pelo antigo trauma ou por hiperatividade adquirida. :-))
Gostei da ideia na esperança de me livrar do trauma. Boa iniciativa! Obrigado pelo chá.
É sempre uma honra fazer participação especial no Blog Rosa. Muito obrigada pelo espaço, Claudinha. Bjs!
Laluzita, sempre muito bom ler o que vc escreve!
Eu era igual a vc. Aprendi com um grande amigo que os livros têm (sou velha e uso a antiga regra)seu próprio caminho. Atualmente empresto sem medo de que eles não voltem.
Agora, concordo com vc, alguns são especiais, como os citados no seu texto.
Para mim também é meio difícil me desfazer dos meus livros, principalmente daqueles que considero "meus clássicos", Ao mesmo tempo gosto demais de difundir a leitura indiscriminadamente, então fico meio dividida.
Mas a idéia é otima. Como trabalho numa Biblioteca não preciso colocar um cesto. Os livros estão lá para quem se interessar. Beijos e parabéns Laluzita.
Lalu, conheco bem esse negocio...aqui nos EUA chama-se BookCrossing, olha o site http://www.bookcrossing.com/
Vc marca o livro e quem achar vai no site e loga...:) Voce pode acompanhar a trajetoria do livro, mas corre o risco do proximo que achar nao logar e ficar com ele...bem, se a pessoa nao se importar com isso, entao vale a pena! Bjo!
Adorei. O que seria muito esperado, vindo da Lalu. E a idéia da blogueira é ótima. Todos devíamos fazer o mesmo. Claro que xodós serão sempre xodós. Mas não podemos dizer que TODOS são xodós.
Acompanho um blog, do Maurilo Andreas (http://pastelzinho.blogspot.com.br) onde ele "troca" os livros já lidos por cobertores (ou o R$ 10,00 para ele efetuar a compra do cobertor). Com isso consegue duas boas ações numa "cajadada" só: circula os livros a preços módicos e protege os carentes do frio que já está chegando por aqui. Beijos Claudinha e Lalu!!!!
Muito legal as duas iniciativas, Mary e Bel. E é legal tb ver a inteligência coletiva funcionando. Quem sabe a gente nao pensa em um projeto do nosso grupo de amigos pra fazer os livros circularem? Só que talvez vcs tenham que começar sem mim. Se der, participo de longe. Se nao, dou minha contribuição a partir de 2014. Bjs!
Vem participar com a gente do BookCrossing Blogueiro!! A página do evento no Facebook cada dia agrega mais pessoas interessadas em libertar seus livros com intuito de tirar a cultura da escuridão das estantes e de quebra praticar o desapego!
O que é BookCrossing Blogueiro?
Qualquer iniciativa que divulgue a cultura é sempre bem-vinda!
Legal, Luma, mas como isso funciona na pratica. Vi que as pessoas anunciam os livros que estão dispostas a "libertar", mas como eles mudam de mãos?
Você escolhe um lugar ideal, de preferência onde há grande circulação de pessoas e liberta o seu livro. Para que não pensem que o livro está perdido, você pode escrever um bilhetinho e colocar dentro. Olha o meu bilhetinho.
Estão libertando livros todos os dias e quem tem blogue está postando sobre como foi a aventura. Estão se sentindo como crianças, adrenalina pura! Gosto dessa empolgação! Agora mesmo vi na página do evento que tem mais um propagador da cultura e pessoas animadas, frequentando mais feiras de livros e tirando livros que não irão reler mais das estantes.
Vamos libertar os livros da clausura das estantes? :)
Gostei da ideia... mas acredito que para o hábito da leitura capturar novas pessoas seria necessário mais do que liberar os livros. Se o novo leitor se deparar com uma leitura difícil ou com a qual ele não se identifique, ou não a saiba apreciar, poderá criar resistência ao invés de ser arrebatado. Assim aconteceu comigo, com o Serginho e tantos outros que conheço.
Não tiro o mérito e o gosto da descoberta espontânea, mas acredito que ela aconteça prioritariamente para aqueles que já têm o gosto pela leitura e praticam uma busca ativa de novos prazeres e fascínios.
Para aqueles que se mostram desinteressados pela leitura ou até mesmo a ela têm aversão, melhor seria uma indicação de livros por alguém que conheça o gosto e os interesses, assim a probabilidade do arrebatamento se multiplicará bastante!
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