sexta-feira, 8 de junho de 2012

que dor...



dor...
.
o clima era de harmonia
todos ali compartilhando e celebrando o momento em família
tudo ia tão bem
até que num ataque inesperado
lá estava ela na boca daquele cachorro nojento
.
com um grito desesperado
e num impulso incontido
a menina afasta o maldito de perto da pobre presa
que fica em estado de choque
soltando apenas seu grito angustiante de medo...
.
para segurança melhor proteger o bichinho
pois este imprevisto não podia mais acontecer
e assim passou o resto da tarde enrolada numa camisa
sendo paparicada e fotografada pela menina
.
seu pequeno dono sentiu medo
não queria mais brincar
mas seus pais prometeram cuidar dela
e depois de pensar
resolveu não ceder ao medo e lá foi ele saltitante rua afora...
.
mas o tempo
o vento
a natureza
quem pode controlar?
e num segundo
num susto
a pequetita pula da rede
sai correndo
e desaparece como uma nuvem
na frente de todo mundo... :(
.
pânico
pavor
medo
tristeza
lágrimas
tudo junto e misturado
lá se foi ela para sempre...
.
e agora meu Deus?
como dar a notícia para seu pequeno dono?
uma profunda tristeza abateu o lugar
e quando ele voltou do passeio
teve que enfrentar a dor da perda
que doeu nele
mas muito mais nos pais
que nada puderam fazer
mesmo prometendo que nada de mal ia acontecer... :(
.
a promessa não cumprida
a fragilidade da vida
o acontecimento sem explicação
a dor de ver o filho sofrer
e saber que a esperança não faz parte da história
mas mesmo assim invade seu pequeno coração
coisa mais triste...
.
e aí a vida segue
nos deixando a lição de que ninguém controla o destino
as fatalidades
os imprevistos
e principalmente a dor de um filho
uma tristeza só...
.
tempo tempo
passe rapidinho
leve as más lembranças pra longe
e siga o seu caminho
trazendo de volta a alegria
os encantos da vida
e a esperança
hoje e sempre
amém
.
beijos
claudinha

3 comentários:

jô disse...

Boa noite Claudinha

"e aí a vida segue
nos deixando a lição de que ninguém controla o destino
as fatalidades
os imprevistos" é certo isto,e continuamos a viver cada dia.

Lindo seu texto!

beijos
joana mendes

Mary disse...

Dor mesmo. Mas temos que aprender que nem sempre iremos conseguir corresponder às expectativas dos filhos. Mas que é difícil de aprender isso, como é?!?!?!?

Tentei falar com você e não consegui. Se der dê notícias.
Beijos

Mônica Rodrigues disse...

realmente foi muito triste, eu estava lá e senti muito por tudo que aconteceu! Cortou meu coração ver o Davi tão triste por causa da perda.
Sei bem como é sofrer uma perda assim, dói mesmo e custa a passar.
Um animal é como se fosse da família, aliás, é da família. Por isso mesmo a unica parte do texto do qual não gostei foi o "cachorro nojento", pois esse é parte da minha, e o sentimento é o mesmo sendo ele feio ou bonito, vira latas ou de raça, é um animal,não racional, seguindo sua própria natureza e que infelizmente participou da tragédia.
Mas quem somos nós pra ir contra a natureza se nem mesmo entendemos e dominamos a nossa própria?